Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...
escrito de fresco:)
Poema revestido de pétalas
Aromatizas as vidas solitárias
Essas que habitam em casas sem janelas
E portas vedadas
Desbloqueias os
desejos mais tenebrosos
Soltas a brisa da manhã
E a noite de quem por ti espera
Serás pássaro louco
Ou nascido há pouco
Que ainda não sabe voar
Poema… em silêncio
espero
Sentada na berma
De olhos fechados
Para me salvares
E se não vieres ao meu encontro
Resta-me o outro ombro…
Para me reconfortar
2 comentários:
A nice poem so full of hope. Beautiful.
Obrigada Lea um beijinho grande
Enviar um comentário