Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

:)

 

Fiz um poema

            Não fala de ti

Nem da estrela

Que olha a sorrir lá do alto

                   Onde mora

Fiz um poema

                      Não fala de medo

Nem do pesadelo

                 Que à noite me acorda

Fiz um poema

                 Que fala de nós

Da felicidade

                             De não estarmos sós

Fiz um poema

              Que não chora

  Apenas sorri 

                Aqui e agora

2 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Boa!
E é tanto
um poema sem lágrimas
sem pranto
Um poema fininho
que corre
como um riozinho
Aqui e agora
Um poema alegre, que não chora
Boa!

Sílvia Mota Lopes disse...

BOA!!!! Obrigada Rogério...acordada a esta hora? acordaram-me e agora estou a ver se o sono vem de novo:)