Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

escrito de fresco:)

 

Poema revestido de pétalas

Aromatizas as vidas solitárias

Essas que habitam em casas sem janelas

E portas vedadas

 Desbloqueias os desejos mais tenebrosos

Soltas a brisa da manhã

E a noite de quem por ti espera

Serás pássaro louco

Ou nascido há pouco

Que ainda não sabe voar

 Poema… em silêncio espero

Sentada na berma

De olhos fechados

Para me salvares

E se não vieres ao meu encontro

Resta-me o outro ombro…

 Para me reconfortar

2 comentários:

Lea disse...

A nice poem so full of hope. Beautiful.

Sílvia Mota Lopes disse...

Obrigada Lea um beijinho grande