Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012


2 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Ola Silvia,
Nem de propósito, um amigo deixava ontem no blogue dele uma versão do Cinema Pradiso tocada pelo Pat Metheny.
Venho ouvi-lo novamente aqui.
E nunca me canso de o ouvir.

Sílvia Mota Lopes disse...

Obrigada Pedro:)
Mas aqui no meu blogue não há somente música há um mundo complexo e diversificado para descobrir...
um abraço