Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...
:)
Fiz um poema
Não fala
de ti
Nem da estrela
Que olha a sorrir lá do alto
Onde
mora
Fiz um poema
Não fala de
medo
Nem do pesadelo
Que à
noite me acorda
Fiz um poema
Que fala de
nós
Da felicidade
De não
estarmos sós
Fiz um poema
Que não chora
Apenas sorri
Aqui e
agora
2 comentários:
Boa!
E é tanto
um poema sem lágrimas
sem pranto
Um poema fininho
que corre
como um riozinho
Aqui e agora
Um poema alegre, que não chora
Boa!
BOA!!!! Obrigada Rogério...acordada a esta hora? acordaram-me e agora estou a ver se o sono vem de novo:)
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