Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sentido de fresco:)


Por trás do sorriso
escondo palavras
na névoa do pensamento
agitam-se inseguras
esgotam-se os sons fico muda
sorrio apenas
resta-me sorrir
ou fechar os olhos para não ver
mas somos mais do que cinco
seis, sete, ou até mais
não os consigo libertar
são sentidos demais que não me deixam
ou morro para não os sentir
ou vivo para os sentir muito mais


nas noites...nas ruas!?

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