Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...
Sou feliz
Porque estou
viva
Sou feliz
porque vejo sorrir os meus filhos
Sou feliz
porque canto
Sou feliz
porque não passo fome
Sou feliz
porque tenho a pessoa que amo ao meu lado
Sou feliz
porque faço o que gosto
Sou feliz
porque sonho
Sou feliz
porque faço os outros felizes
Sou feliz
porque sinto
Sou feliz
Porque são
as pequenas coisas da vida
Que me fazem
ser grande
Sílvia Mota Lopes
2 comentários:
Boa noite, Silvia.
Belo texto.
Temos mesmo que agradecer.
Um grande abraço.
Maria Auxiliadora (Amapola)
(Estou lhe seguindo, mas lá no painel, a foto é outra).
Obrigada Amapola :)
Um grande abraço para ti também
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