Pés descalços pela rua
De alma despida
Quase nua
Menina de saia rodada
Que outrora andava à roda
Agora travada e curta
Sem cheirinho a sabão
Nem a detergente de máquina
Nem tão pouco água limpa
Para lavar o seu coração
Restam as lágrimas caídas
Salgadas como as ondas do mar
E aquela dor forte no peito
Que suplica para cessar
Resta aquela lembrança
De um passado criança
Deitada sobre as pedras da rua
Menina quase nua
Coberta de folhas secas mas húmida
Desfalece tentando embalar a dor
E de súbito ouve aquela melodia
Que um dia a fez sonhar
É a voz de um anjo que já viu partir
E de mãos dadas…
Partem os dois a sorrir
2 comentários:
Fabuloso Poema cara Sílvia.
Alma de Artista Multifacetada.
Beijo
G.J.
Obrigada Gaspar muitos beijinhos
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