Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

sábado, 17 de março de 2012

"Quando não estás aqui"



Quando não estás fico assim...
sem chorar sem rir
sem falar
sem sentir
um vazio espreita
já tão perto de chegar
 entra sem pedir licença
determinado a entrar
invadindo o nosso espaço
desprezando nossa  presença
penetrando aquela forma
onde os sentimentos se escondem
anestesiados de dor
aconchegados já dormem


Sílvia Mota Lopes

Desenhado e escrito há pouco :)





4 comentários:

FA disse...

És uma romântica incurável...
Beijos e uma boa noite de sonhos bons ;)

Sílvia Mota Lopes disse...

Olá FA
Não tenho descanso...a Alícia acordou-me agora e fiquei sem sono...mas não vou desenhar nem escrever;)
Romântica? é a primeira vez que me dizem que sou romântica....SOU!?
beijinhos:)

FA disse...

Mas a Alícia está bem? É uma fase, vai passar...as minhas também tem alturas que fazem dessa. Aproveita que hoje é domingo e descanse um pouco de tarde...

Sempre tem uma primeira vez de se escutar a verdade, rs...és uma romântica sim...já viu uma poeta não ser? Muita sensibilidade ai guardada...

Bjca gorda!

Sílvia Mota Lopes disse...

Acordou de noite acho que trouxe uma pulga da quinta :)eh eh