Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...
"Quando não estás aqui"
Quando não estás fico assim...
sem chorar sem rir
sem falar
sem sentir
um vazio espreita
já tão perto de chegar
entra sem pedir licença
determinado a entrar
invadindo o nosso espaço
desprezando nossa presença
penetrando aquela forma
onde os sentimentos se escondem
anestesiados de dor
aconchegados já dormem
Sílvia Mota Lopes
Desenhado e escrito há pouco :)
4 comentários:
És uma romântica incurável...
Beijos e uma boa noite de sonhos bons ;)
Olá FA
Não tenho descanso...a Alícia acordou-me agora e fiquei sem sono...mas não vou desenhar nem escrever;)
Romântica? é a primeira vez que me dizem que sou romântica....SOU!?
beijinhos:)
Mas a Alícia está bem? É uma fase, vai passar...as minhas também tem alturas que fazem dessa. Aproveita que hoje é domingo e descanse um pouco de tarde...
Sempre tem uma primeira vez de se escutar a verdade, rs...és uma romântica sim...já viu uma poeta não ser? Muita sensibilidade ai guardada...
Bjca gorda!
Acordou de noite acho que trouxe uma pulga da quinta :)eh eh
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