Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

a pintura que ainda não está acabada... :)

 
 

2 comentários:

Daniel Aladiah disse...

Porque sem boca... ou como se lhe faltasse uma frase para que a mensagem seja compreendida...
Beijo
Daniel

Sílvia Mota Lopes disse...

Pois nem vai ter Daniel...o silêncio pode significar muitas coisas...o silêncio é misterioso!!! difícil de entender mas eu creio Daniel que no silêncio também é possível amar :)
Beijinho grande:)