Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

está pronto



 Tive um sonho...
o outro que era eu
tocava à minha frente
com um sorriso
majestoso
mesmo à frente do meu nariz
mal via o petiz
minha boca me calou
 servo aprendiz eu sou
das notas soltas
que se fizeram ouvir
a sua música me saudou
a minha expressão de espanto
por ouvir ser tamanho
com ar de tamanha felicidade
que o meu sonho se tornou
uma pura realidade


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