Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

sábado, 30 de março de 2013

 
 

2 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Caravela, vou nela
Meu barco, meu barco, meu barco
Não sei quando (nem como) desembarco
Peço ao vento que deixe quietas as velas. O vento, desobediente, sopra nelas... mas um dia paro. Paro e desembarco... será Primavera, garanto!

Sílvia Mota Lopes disse...

... e que ela te traga tudo que tu esperas dela... sim primavera ...um novo renascer...oferece ao Rogério a força do teu viver:)

Obrigada amigo :)