Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
terça-feira, 21 de agosto de 2018
segunda-feira, 16 de julho de 2018
domingo, 6 de maio de 2018
Ser mãe é dar vida
O ventre materno é a primeira casa de um filho. A Mãe
transporta no ventre um mundo de emoções e sente cada metamorfose como um
milagre de vida.
Quando o filho(a) nasce esquece todo o mal-estar que uma
gravidez acata, enjoos, azia, dores de costas, pernas inchadas, as múltiplas idas
noturnas à casa de banho, enfim, são vários os incómodos que uma grávida tem de
passar durante o período de gestação até à hora do parto, isto no decorrer
normal de uma gravidez, porque muitas vezes há riscos acrescidos. Gravidezes de
risco, onde os cuidados são redobrados e acalentados, mas ser mãe é muito mais do
que isso e ser filho também. Ser mãe e ser filho é uma simbiose afetiva, um cordão
umbilical invisível onde o amor é alimentado para toda a vida, mesmo na distância
e ausência física.
Não sei bem se vou conseguir materializar em palavras o que
estou a sentir neste momento que sou mãe, mãe de três filhos tão iguais a si
próprios. Ser mãe não é um mar de rosas, não é um mundo de fantasia e de
extasiada felicidade. Ser mãe é dor e sofrimento, responsabilidade, preocupação,
receio, é um poço de dúvidas, é questionar-se dia após dia, é crescimento,
aprendizagem e amadurecimento.
Todas as relações íntimas são desinquietas e emotivas porque
são genuínas e na genuinidade existe a imperfeição e o que de tão humanamente
somos, sem a pretensão de esconder, disfarçar, ou tentar agradar. Somos o nosso
verdadeiro “eu” numa relação baseada em factos reais. É difícil para um filho compreender este mundo
de ser pai, ou mãe, possivelmente só o vai compreender verdadeiramente quando a
vida lhe proporcionar esse estado.
O respeito é a base de toda e qualquer relação harmoniosa.
O respeito é a base de toda e qualquer relação harmoniosa.
O Amor salva.
sábado, 5 de maio de 2018
sexta-feira, 4 de maio de 2018
O amor evoca
vontade e inteligência,
a arte, amor e pasmo.
Talvez o céu
tenha a cor que cada um lhe quiser dar, ou que as estrelas brilharão mais se as
sacudirem.
Que o carrossel se manterá em movimento se souberem da sua existência.
Que a relação mais íntima levanta pó e provoca reação imediata nos olhos.
Que o
medo pode ser um pássaro morto.
O tempo, uma âncora num cais de lodo.
Talvez a mão
seja, para uns, o peso da forma, para outros, a essência da percussão.
Talvez nunca
é. Talvez sim, talvez não.
Talvez as palavras
supliquem voz, ou apenas silêncio.
SML
SML
quinta-feira, 3 de maio de 2018
Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos
O Amor é a vontade de cuidar e de preservar o objeto cuidado.
Um impulso centrífugo, ao contrário do centrípeto desejo. Um impulso de
expandir-se, ir além, alcançar o que “está lá fora. Ingerir, absorver e
assimilar o sujeito no objeto, e não vice-versa, como no caso do desejo. Amar é
contribuir para o mundo, sendo cada contribuição o traço vivo do eu que ama. No
amor, o eu é, pedaço por pedaço, transplantado para o mundo. O eu que ama
expande-se, doando-se ao objeto amado. Amar diz respeito à sobrevivência através
da alteridade. Assim, o amor significa um estímulo a proteger, alimentar,
abrigar; e também à carícia, ao afago e ao mimo, ou a ciumentamente- guardar,
cercar, encarcerar. Amar estar ao serviço, colocar-se à disposição, aguardar a
ordem. Mas também pode significar expropriar e assumir a responsabilidade. […]
Se o desejo quer consumir, o amor quer possuir. Enquanto a
realização do desejo coincide com a aniquilação do seu objeto, o amor cresce
com a aquisição deste e realiza-se na sua durabilidade. Se o desejo se
autodestrói, o amor autoperpetua-se.
[…]
Desejo e amor encontram-se em campos opostos. O amor é uma
rede lançada sobre a eternidade, o desejo é um estratagema para se livrar da
faina de tecer redes. Fiéis à sua
natureza, o amor empenhar-se-ia em perpetuar o desejo, enquanto este se
esquivaria aos grilhões do amor.
Zygmunt Bauman
Amor Líquido
domingo, 29 de abril de 2018
Quando morrer não venerem o meu corpo. É somente um corpo
vazio.
Desejo apenas
pensamentos positivos e sentimentos de amor.
Sentada na esplanada com um sumo de limão na mão estava
absorvida em pensamentos múltiplos.
Entregava os olhos às fadigas. Naquele lugar não havia
ruídos cáusticos, apenas vozes ao longe e uma imagem desfocada da realidade.
Neste corpo que habitamos e nesta passagem terrena, ainda
conseguimos disfarçar os sentimentos, as expressões e emoções com facilidade,
mas quando despirmos este corpo, são as cores, a luz e sua intensidade que definem
o nosso caráter e não há nada para disfarçar ou esconder.
Ficamos completamente
à vista de todos.
Os corpos separam-se com os sentimentos todos dentro e
muitas vezes saem pela porta errada atropelando todas as moléculas do nosso corpo e confundindo todos os sentidos.
Agora é este o estado, como se tivesse engolido todo o mar
da terra e em certos momentos do dia saltam pedras de sal pelos olhos.
Porque
há uma força maior do que a minha razão.
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